A
Os bicho-preto vem subindo na coxilha
E
Anunciando vento frio e temporal
Vem caminhando uns em cima dos outros
A
Ladeira acima fugindo do banhadal
A
Só quem entende a previsão dos home antigo
A7 D
E observa o jeito dos animais
A
Espera agosto com a tulha cheia de bóia
E A A7
Batata doce, linguiça nos varais
D
Meu poncho velho que me abriga do rigor
A
E eu vou contando pra esses jovens de caderno
E
Que nunca viram uma lagoa virar vidro
A A7
Nem bicho-preto anunciar o rigor do inverno
D
Verão que vem vou trabalhar igual formiga
A
De lenhador, porque essa é minha sina
E
Se os bicho-preto repontarem na coxilha
A
To no meu rancho mateando com a minha china
A
O vento norte vem chorar embaixo das porta
E
Pedindo chuva o carão já faz três dias
A geada preta vem gelando até a alma
A
Saiu dos Andes passando por Vacaria
A
Bicho da chuva não se sabe aonde nasce
A7 D
Se ingerido a galinha e porco faz mal
A
Se for ao norte anunciando tempo bom
E A
Se for ao sul vai baixar o temporal
D A
Se for ao norte anunciando tempo bom
E A A7
Se for ao sul vai baixar o temporal
D
Meu poncho velho que me abriga do rigor
A
E eu vou ensinando pra esses jovens de caderno
E
Que nunca viram uma lagoa virar vidro
A A7
Nem bicho-preto anunciar o rigor do inverno
D
Verão que vem vou trabalhar igual formiga
A
De lenhador, porque essa é minha sina
E
Se os bicho-preto repontarem na coxilha
A
To no meu rancho mateando com a minha china