Iow, an
Depravação em praça pública
Políticos na rua vomitam pastel e suco
Puro açúcar, pura angústia
Crápulas! Mentem na caruda
Em prol de seus interesses
O povo clama ajuda, passam os meses
Nada muda
Onde o buraco é mais embaixo
Lhes desejo a queda
Ver esses falsos no colo do capeta
Seus clãs lavam a cabeça de gente ingênua
Corrompem emendas, derrubam a cerca
E matam indígenas
Se alimentam das vísceras
Abutres vigiam sua hora da partida
Descartam vidas e defendem famílias
Partem à francesa, fazem a egípcia
Enquanto jovens à deriva
Desperdiçam suas vidas
O climax, a tônica
Dessa crônica em poesia
É desgraçar essa corja
Cavar suas covas
Atônito
O povo acorda pra um dia
Se apertar no ônibus
Ver os dias passando
E as contas chegando
As costas doendo e a cabeça em pânico
Até quando esse assombro?
Esses rombos? Esses bobos?
Ãnn
Devastam a riqueza natural
Essêncial pro mundo
Seremos hexas e fodidos?
Ãnn
Não basta sermos bons o tempo todo
Ventriloucos
Mexem seus pauzinhos com arrojo
Doutrinam
Articuladíssimos
Nasceram pra fazer o mal
Sucumbir o povo até o osso
Ãnn
O jovem louco dentro do estúdio
Prova pro povo que eles têm o controle de tudo
Jogando limpo no sujo
Não tem todas as respostas no Google
Eu tenho todas as perguntas no bulbo
O seu azul, meu sangue ferve em rubro
Dia das bruxas, eleições em outubro
Não me alistei e ainda uso coturno
O papa é pop
Mas bendito é quando colho meus frutos
E quando dou para os meus filhos
Condições de futuro
Capricórnio é o trópico
Os demônios têm usado alguns códigos
Alquímico, um índigo
Algoritmo próprio
Enquanto vocês vendem sintéticos
Facilita, mas é tudo robótico
Conspiração é real
A ia entrou na rede neural
O universo funciona de uma forma mental
Conhecimento é fundamental
Vou fugir pro nepal
Antes que tentem me fundir com metal
Sobre o controle
Os padrões estão na capa da vogue
Os vagões estão no trem que tá podre
O espírito do mal sai à noite
Você é o que houve
E o que confundem nossos jovens de hoje
Aceitar é desistir de uma luta
Jesus andou com as put s
E com os filhos da put
Querem te prender numa gruta
Então proíbem e vendem quilos da fruta
A pele é frágil, o vento frio machuca
Tipo subsolo em papo de futuro
Não é difícil ver pra onde vai o mundo
Do alto do edifício eu carburo
E observo como crescem as estátuas
Cascudos
Temos que ser a todo segundo
Como um time copeiro
Que não se entrega
Não se desvanece, bruto
Fazem o povo de burro na pinata
Só pancada enquanto farreiam na mamata
Mostram suas piadas na passeata
Os tolos dão risada e acham graça
São os filhos da pátria
Complexo de édipo
Não se enxergam
Amargam o abandono dos patronos
Demônios
Tecem esse véu que nos sufoca
Sem ânimo, sem força, sem propósito
O povo caminha com seus ídolos pro limbo
Alguns acham tudo bonito
Não me engano!
As florestas estão queimando
Não basta sermos bons o tempo todo
Ventriloucos
Mexem seus pauzinhos com arrojo
Doutrinam
Articuladíssimos
Nasceram pra fazer o mal
Sucumbir o povo até o osso
Ãnn
Um livro de regras
E a polícia só executa o que atrasa
Eu não tenho educação e nem casa
Eu não tenho vocação e nem asas
Um rebelde com causa
Tirei meu RG do serasa
É na alma
E eles te oferecem toalha
Depois de uma piscina de lava e rasa
É o poder da palavra
Amor, eles te querem calada
Talvez seja por isso que a bíblia é sagrada
Tudo segrega
Essa é a arma sarcástica
A lábia, carimbos
E os vícios em plásticas
Mil tipos de táticas
Um bilionário negro carregando a suástica
E lógico
Eu já sei que silenciam filósofos
O mal descalcifica seus ossos
Cega seus olhos
Te cobram porque nada é de graça
Fumaça se alastra
Você tosse
E eles torcem pra voltar na farmácia
Que droga