E
Senhora dos Descampados, ouve essa prece a lo largo!
G#mA
Que eu rezo em frente ao fogo, solito com meu amargo...
B7
Senhora dos Descampados, escuta aquilo que falo
AB7E
com meu olhar estendido, que já nasceu de a cavalo!
AG#m
Eu sou campeiro e me habito nesse galpão de invernada;
C#7F#m
um posto humilde, mas donde, Deus sempre teve morada...
AF#mB7
Não sei o terço e na igreja não fui mais que umas três "vez"
AB7E
mas minha fé me acompanha nos trinta dias do mês!
F#mC#m
Rezo em silêncio nos campos, na sombra de algum capão...
AG#mF#mB7
E, embora eu não fale nada, escuta a minha oração!
F#mC#m
Livra o campeiro do tombo, do coice e do manotaço;
AG#mF#m
desvia o fogo do raio. e as contra voltas do laço!
C#mG#m
Junto a esta cruz solitária, lhe deixo velas acesas
AE
pra lhe pedir que não falte, nunca, bóia sobre a mesa.
F#mC#m
trago outra cruz de Lorena, dependurada no peito
AG#mF#m
na bendição que me guarda, em ser cristão, deste jeito !
E
Na minha reza de campo, faltam palavras, eu sei...
G#mA
mas tem a fé, verdadeira, por tudo que eu conquistei...
AF#mB7
Te faço imagem em meus olhos, te vejo plena de céu
AB7E
e frente a ti, me condeno, me calo e saco o chapéu.
AG#m
Embora cuide dos campos, encontra um tempo pra mim!
C#7F#m
Eu nunca perco a esperança, alçada pelos confins...
AF#mB7
Eu sei que vida da gente, tem sempre um rumo traçado
AB7E
por isso, rezo e lhe peço, proteja estes descampados...