[Intro] D D6 D7 Em7
G D Em7 G D
D
Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Em Em6 Em7
Na laje fria onde coarava
D
Sua camisa e seu alforje de caçador
Em7 G D
O meu velho e invisível Avôhai
Em7 G D
O meu velho e indivisível Avôhai
D Am
Neblina turva e brilhante
G Am D
Em meu cérebro, coágulos de sol
Am
Amanita matutina
G Am D
E que transparente cortina ao meu redor
Em7 G
Se eu disser que é mei sabido
D
Você diz que é mei pior
Em7 G
Mas e pior do que planeta
D
Quando perde o girassol
A G Bm
É o terço de brilhante nos dedos de minha avó
A G
E nunca mais eu tive medo da porteira
Bm
Nem também da companheira que nunca dormia só
( Em7 G D )
D
O brejo cruza a poeira
De fato existe um tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Em Em6 Em7
Pares de olhos tão profundos
D
Que amargam as pessoas que fitar
Em7
Mas que bebem sua vida
G D
Sua alma na altura que mandar
Em7 G D
São os olhos, são as asas, cabelos de avôhai
Am
Na pedra de turmalina
G Am D
E no terreiro da usina eu me criei
Am
Voava de madrugada
G Am D
E na cratera condenada eu me calei
Em7 G D
E se eu calei foi de tristeza, você cala por calar
Em7 G D
Mas e calado vai ficando, só fala quando eu mandar
A G Bm
Rebuscando a consciência com medo de viajar
A G
Até o meio da cabeça do cometa
Bm
Girando na carrapeta no jogo de improvisar
A G
Entrecortando, eu sigo dentro a linha reta
Bm A
Eu tenho a palavra certa pra doutor não reclamar
[Final] Em7 G D