Pedidos e promessas, rezas sem sentido 
Nada que se peça equivale ao prometido 
Nenhum pensamento se compara ao já falado 
E nem dez mil perdões consertam algo errado 
Mas estender a mão não, não, não custa nada 
Acredite ou não a natureza sempre paga 
Um velho ateu dissemina o seu legado 
Espalhando tudo por ele assimilado 
Se não enriquece ao menos enobrece 
A alma de um novo sábio amadurece 
Filósofo mendigo, poeta leproso 
Com arte enfrenta tudo e a todos que não pensam 
Nenhum preconceito embarga o que é novo 
Nem mesmo a idade e todas as doenças 
Musa prostituta, pintor depravado 
Cientista louco, bruxa feiticeira 
Figuras de outro tempo contra o antiquado 
Mas graças a justiça os gênios vão para a fogueira