A chuva entrando na janela, hm
De tudo que se abriu
Um verso cinza, sem cortinas, hm
Sem tinta, sem calor
O telefone à sua espera, hm
Debruça no jornal
E na película dos olhos, hm
As coisas do adeus
Hm-hm, hm-hm, hm-hm, hm-hm
Hm-hm, hm-hm, hm-hm, hm-hm
Bebe na taça uma palavra, hm
Suspira o irreal
Predestinando uma lembrança, hm
De sua invenção
Fecha o livro em seu colo, hm
Não lê nada que vê
Calado fora da poesia, hm
E dentro um vulcão