Às vezes, os órgãos entalam
Querem lembrar
Que batem palmas quando acho dinheiro
Que pulsam, pulsam o tempo inteiro
Lápides, assim que amanhece
Na verdade, não querem nada
Na ilusão de ter, coleciono anos
Não ilusão de ser, digo que sentem
Na calada da noite, no falante dia
Arranco o coração
Aperto desaperto com a incerteza
De mais uma vida