As várias tintas de um quadro
Choveram sobre o que nunca foi mostrado
Os vários pássaros voaram
Sobre o meu rastro de vida quebrada
Onde tudo era negro, tona de pesadelo
Perderam em mim a cor
Sorrisos que mostro, os corvos só pedem mais!
Eles desbotam o céu
Que cai com toda a maciez da angústia
E, de repente, tudo o que é meu
Para nas mãos cortadas da luxúria
Os trigos balançam, sem nenhum descanso
Colhendo o meu joio, o meu ar
Moinhos escondem o caminho, e eu a girar!
Onde tudo era negro, tona de pesadelo
Perderam em mim a cor
Sorrisos que mostro, os corvos só pedem mais!
Cortem minhas orelhas
Só preciso de pincéis para ouvir
O som e o silêncio, que pênsil, se equilibram em mim
E, se desminto ou desfaço - o que for
Cada um sabe a dor que carrega
A cruz que me prega morreu há dois séculos atrás
Onde tudo era negro, tona de pesadelo
Perderam em mim a cor
Sorrisos que mostro, os corvos só pedem mais!
Onde tudo era negro, tona de pesadelo
Perderam em mim a cor
Sorrisos que mostro, os corvos só pedem mais!
Sorrisos que mostro, os corvos só pedem mais
Moinhos escondem o caminho, e eu a girar
A cruz que me prega morreu há dois séculos atrás
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